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154ª produção | M 12
Temporada artística 2022 – 2023

Gata em Telhado de Zinco Quente

de Tennessee Williams

tradução de Helena Briga Nogueira
dramaturgia e encenação | Fernando Heitor
coprodução | ATEF | Camara Municipal do Funchal – TMBD

OUTUBRO

9 dezembro | 6ª feira –21h00- Estreia

10 dezembro | sábado – 21h00

11 dezembro | domingo – 18h00

13 dezembro | 3ª feira – 15h00 e 21h00

14 dezembro | 4ª feira – 11h00 e 21h00

15 dezembro | 5ª feira – 15h00 e 21h00

16 dezembro | 6ª feira – 15h00 e 21h00

17 dezembro | sábado – 18h00

18 dezembro | domingo – 18h00 | (sessão com acessibilidade – AD e LGP)

Sinopse

A ação de Gata em Telhado de Zinco Quente passa-se numa plantação de algodão no delta do Mississipi em meados dos anos cinquenta do século vinte. Brick Pollitt ao tentar um salto na pista de atletismo do liceu, relembrando os tempos gloriosos em que fora campeão escolar, cai, por estar bêbado. Ele e Maggie, a sua mulher, estão de visita a casa da família para celebrarem os 65 anos do seu pai, o patriarca Pollitt que ainda pensa ter vencido o cancro que o vinha debilitando nos últimos anos – sempre rabujento, quer saber porque é que Brick e Maggie ainda não lhe deram um neto, ao contrário do outro filho, Gooper e a sua fértil esposa, Ema. Estes estão apenas apostados em serem os únicos herdeiros da rica plantação de algodão da família. A mãe de Brick defende-o por achar que ele já nasceu fraco e desprotegido para as cruezas da vida que é o que a realidade oferece. O médico e o padre estão presentes porque também são “propriedade” da família. Sookey. O criado negro, aparece em quase todas as cenas, mas, como se fosse invisível, ninguém dá por ele. Maggie quer reconquistar o marido a qualquer preço, mas, a indiferença a que ele a vota fá-la sentir-se uma gata em telhado de zinco quente, ela quer perceber e ultrapassar uma história mal contada sobre o amor do seu marido por um velho amigo de ambos, Skipper.

Sobre o espetáculo

Tennessee Williams nasceu em 1911 na cidade de Columbus, Mississipi. E foi nesse Sul Profundo dos Estados Unidos da América que viveu e cresceu, numa zona de grandes pântanos e de incomensuráveis plantações de algodão, onde a segregação racial persistia. Vivia-se numa época feudal onde as grandes famílias eram donas das terras e das pessoas. E é nesse mundo que o autor situa as suas peças e as suas personagens tragicamente condicionadas por esse mesmo meio onde vivem. A par de Eugene O’Neill e Arthur Miller é reconhecido como um dos maiores dramaturgos norte americanos do século vinte. Estes autores trouxeram para o Teatro temas que até então eram tabus: a loucura, a homossexualidade, a morte, as doenças, as drogas, o alcoolismo e a injustiça social. Gata em Telhado de Zinco Quente foi editada em 1955, num pós-guerra desejoso de inovação e sobretudo de amor, as pessoas queriam ser felizes de novo, queriam arriscar a ter as vidas que sonhavam, queriam ter direito a ser diferentes, queriam ir mais além, libertar-se de todo o tipo de grilhetas e, muitas vezes, a grilheta maior era a família a que estavam agarrados. Maggie, a Gata, era uma dessas pessoas, agrilhoada à família Pollitt e aos seus valores tradicionais, também ela só queria uma coisa, ser feliz.

A peça estreou na Broadway em 1955, no Teatro Morosco. Barbara Bel Guedes fazia o papel de Maggie, Ben Gazzara o de Brick e Burl Ives o de Big Daddy, a encenação era de Elia Kazan. Mas para a peça ser autorizada a estrear, Tennessee Williams teve de fazer uma versão mais convencional do terceiro ato. Um final mais cor-de-rosa, também veio a sofrer a versão cinematográfica de 1958, realizada por Richard Brooks, desta vez com Elizabeth Taylor e Paul Newman como protagonistas, o papel do pai foi dado ao ator que já o tinha feito no Teatro, Burl Ives. Nas últimas décadas já só foi representada a versão original.

Em Portugal, nos anos sessenta do século passado, o empresário Vasco Morgado convidou o encenador do Teatro Experimental do Porto, António Pedro, para ir a Lisboa encená-la ao Teatro Monumental, foi representada pela Laura Alves, o Paulo Renato e o João Guedes. Mais recentemente, em 2016, os Artistas Unidos apresentaram a peça no Teatro São Luís em Lisboa, representada por Catarina Wallenstein, Rúben Gomes e Américo Silva, com encenação do Jorge Silva Melo.

A nossa versão, a estrear a 9 de dezembro de 2022, no Teatro Municipal Baltazar Dias, recria uma imagem não naturalista, fruto de memórias dos anos dourados do cinema, quer no cenário, quer nas interpretações, do que seria a vida no Delta do Mississipi em meados dos anos cinquenta do século passado. Privilegiamos o lado bom de cada personagem, provavelmente nenhuma delas é má, são as circunstâncias que são adversas. O excesso de calor, perturba os raciocínios e as emoções à flor da pele, e potencia as mentiras, os desejos carnais e o amor filial. Contamos com um elenco de origens teatrais diversas, todos eles atores que desenvolvem os seus projetos artísticos na Região Autónoma da Madeira. Agradeço-lhes o empenho.

Fernando Heitor | Encenador

Volvidos dois anos e, fruto de uma pandemia que assolou as nossas vidas e a nossa cultura, cá estamos, na continuidade da missão que nos carateriza – promover e desenvolver o Teatro enquanto projeto cultural de qualidade, tendo por base uma programação diversificada, capaz de potenciar e formar os diferentes tipos de público a que se destina, contribuindo assim, para uma atitude social crítica, reflexiva e inclusiva.

O TEF Companhia de Teatro, sonhado em 1974, nasceu em 1975, fruto da atitude de um punhado de jovens convictos, associada à visão e mão certeira da Câmara Municipal do Funchal, na pessoa de Fernando Nascimento, sob a tutela do então presidente da CMF Virgílio Pereira. E que gratos lhes estamos!…

Desde então, este pequeno grupo ascendeu a Companhia de Teatro e foi traçando e fazendo a sua história, moldando-se aos tempos e aos seus ventos de mudança. Primeiro como GETF, depois como -TEF, TEF CRL e mais tarde como ATEF.

Muitas intempéries, muitas fragilidades e muitas vitórias, marcam este percurso.  Apesar das pedras no caminho, o TEF nunca baixou as armas. E foi inspirado numa atitude de resiliência que se propôs assinalar com especial brilho – os seus 45 anos de atividade e de existência. Pelo que, em coprodução com o Município do Funchal / Teatro Municipal Baltazar Dias, convidou um dos seus mais emblemáticos encenadores – Fernando Heitor – o mesmo que de 1982 a 1985, mais concretamente em 1984, marcou um dos grandes pontos de viragem na sobrevivência do TEF, formalizando o TEF CRL (Cooperativa de Responsabilidade Limitada).

Pela segunda vez, o TEF representa Tennessee Williams neste palco – primeiro com “Doce pássaro da juventude” e agora com “Gata em telhado de Zinco Quente”, uma peça que acreditamos vir a acontecer com magnitude e diversidade, 47 anos depois, a celebrar o seu 45º Aniversário.

Em cena contam 13 intérpretes (03 dos 11 atores presentes, são jovens, oriundos das oficinas de expressão dramática que o TEF promove anualmente e mais 02 convidados – 01 cantor e 01 músico). Uma equipa de mais de 30 pessoas em diferentes funções, agregando nesta coprodução – colaboradores da CMF / TMBD e da ATEF. A todos, desde já, o nosso mais profundo agradecimento – à Câmara Municipal do Funchal / à Direção e equipa do Teatro Municipal Baltazar Dias, às empresas que complementam o financiamento desta produção, aos artistas, aos técnicos e aos diversos operacionais deste projeto partilhado.

Que seja marcante para todos nós, este “Regresso a Casa”.

Direção ATEF

FICHA TÉCNICA e ARTÍSTICA

Personagens | Atores:

Margaret (Maggie) | Mariana Faria

Brick | Ricardo Brito

Ema | Margarida Gonçalves

Mamã Pollitt | Ester Vieira

Sookey | Luíz Sousa

Papá Pollitt | Eduardo Luíz

Gooper | Luís Pimenta

Reverendo Tooker | Hugo Castro

Dr. Baugh | Duarte Rodrigues

Trixie | Leonor Freitas

Dixie | Índia Silva

Buster | Martim Sá

Músico | trompete | Alexandre Andrade

Autor | Tennessee Williams

Dramaturgia e Encenação | Fernando Heitor

Assistente de Encenação | Hugo Castro

Cenografia | Eduardo Luíz

Criação e seleção de Figurinos | André Correia

Assistência ao Guarda-Roupa | Avelina Macedo

Costura | Susana Caires e Teresa Neves

Manutenção de Guarda Roupa | Salete Silva

Criação e Execução de Adereços | Isabel Parker

Contrarregra | Avelina Macedo

Maquilhagem | Urban Studio

Cabelos e Barbas | Urban Studio

Apoio a Coreografias | Gonçalo Sousa

Apoio à Banda Sonora | Daniel Rodriguez

Banda Sonora | temas – trompete: James Morrison’s Trumpet Solo on Basin Street Blues (Transcription); St. Louis Blues – trumpet cover (slow theme tutorial); Round Midnight – trumpet cover (slow theme tutorial); Wynton Marsalis-the seductress; Chet Baker – Alone Together; Buddy Clark – It’s A Big Wide Wonderful World | tema – dançado: Little Richard – By The Light Of The Silvery Moon | tema – cantado por Ricardo Brito: Show me the way to go home (by The Andrews sisters / c.1958) | tema – cantado por Luís Sousa: Pike a Bale of Cotton (canção popular)

Operação de Som | Deltasom

Criação de imagem para vídeo projeção | Ângelo Sousa

Operação de Imagem | Deltasom

Desenho de Luz | Deltasom

Montagem de Luz | TMBD

Operação de Luz | Deltasom

Carpintaria de Cena | Anastácio Santo

Design e produção de material gráfico | Juan Abreu

Comunicação ATEF | oneline design

Fotografia de cena | Ângelo Sousa

Documentário BOCA DE CENA e

Clip de Vídeo Promocional | Rui Dantas

Produção ATEF | António Plácido, Ester Vieira, Avelina Macedo

Produção TMBD | Carolina Gama

Promoção e Divulgação | ATEF e TMBD

Bilheteira | TMBD

Agradecimentos | Luís Sousa, Margarida Lemos Gomes, Mª João Vasconcelos, Ricardo Velosa e Vânia Fernandes

PREÇARIO | Bilheteira

8€ público geral

4€ para maiores de 65 anos e profissionais de espetáculo

3€ público escolar

Reservas e contactos ATEF

Aquisição de bilhetes no Teatro Municipal Baltazar Dias (procedimento obrigatório para grupos escolares ou outros)

ou link https://ticketline.sapo.pt/evento/gata-em-telhado-de-zinco-quente-69157

segundas e terças – 9h às 12h30 | 14h00 às 17h30 |

quartas, quintas e sextas – 9h às 21h30 | Sábados e domingos – 13h30 às 21h30

 

Contactos para mais informações:

teatro.baltazardias@funchal.pt | 291 215 130

reservas@atef.pt | 933 369 136 | www.atef.pt

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