Tartufo
de Molière
de Molière
Temporada artística
2005
Encenação
Bruno Bravo
INTÉRPRETES E PERSONAGENS
Bernardete Andrade | Madame Perenele, mãe de Orgon
Hugo de Castro | Orgon, marido de Elmira
Margarida Gonçalves | Elmira
Luís Melim | Damis, filho de Orgon
Dina de Vasconcelos | Mariana, filha de Orgon
Richard Matos | Valério, namorado de Mariana
Norberto Ferreira | Cleanto, cunhado de Orgon
António Plácido | Tartufo
Sílvia Marta | Dorina, criada de Mariana
Zé Ferreira | Leal
Sílvia Rodrigues | Filipola, criada de M. Pernele
Ficha Artística e Técnica
Autor | Molière
Encenação | Bruno Bravo
Cenário e Figurinos | Miguel Vieira
Assistência de Encenação | Sílvia Rodrigues
Cabeleiras | Rúben Teixeira
Caracterização | Miguel Vieira e Rúben Teixeira
Chefe de Costura | Ilda Andrade
Ajudante de Costura | Conceição Franco
Desenho de Luz | Bruno Bravo e Eduardo Luíz
Encarregue de Contra-regra | Avelina Macedo
Montagem, Operação de Luz e Maquinista | TMBD
Produção Executiva | Patrícia Perneta
Texto do Encenador
Tartufo é uma comédia intemporal de Molière incrivelmente moderna para a época em que foi escrita bem como para os dias de hoje.
A religião e os seus padrões morais são aqui tratados com a sobriedade desconcertante de quem sabe que o Homem precisa de referências (neste caso religiosas) que lhe permitam viver com um sentido de segurança. Orgon, pai de família, encontra essas referências em Tartufo, como se este fosse a voz de Deus e alicerce moral de toda a sua família e depois de si próprio. Tartufo, beato falso, constrói a sua máscara em função das necessidades de Orgon e acolhe a sua devoção com intenções perversas. Esta relação pode ser também um símbolo aplicável aos dias de hoje nos mais variados contextos. É com uma frescura imensa e uma ironia acutilante que Molière nos fala de tudo isto e ficamos com a sensação de que em qualquer altura da vida também nós fomos “tartufiados”.