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O Gebo e a Sombra
de Raul Brandão

Temporada artística

1991

Em exibição

1991
Teatro Municipal Baltazar Dias

classificação etária

Maiores de 12 anos

Duração

1h50m
(aproximadamente)

Encenação
Eduardo Luíz

INTÉRPRETES E PERSONAGENS

António Plácido | Gebo  
Ester Vieira | Sofia
Eugénio Cabral | João 
Mavélia da Guia | Candidinha
Miguel Vieira | Chamiço 
Vanda Souto | Doroteia 

Figuração dos alunos do 9º Curso de Formação de Actores do TEF:
Paula Erra, Patrícia Perneta, Márcia das Dores, Paulo Freitas, Sílvia de Freitas, Margarida Gonçalves, Emanuel de Abreu, Augusta da Silva, Norberto Ferreira, Magda da Paixão, Madalena Ribeiro, Abraão Santos e Águeda Andrade.

Ficha Artística e Técnica

O Gebo e a Sombra de Raul Brandão
Encenação | Eduardo Luíz
Direcção de Cena | Élvio Camacho
Encarregue de Contra-regra | Filipe Natércia e Lígia
Orientação Gráfica dos Textos | J. A. Rosado Flores
Cenografia e Figurinos | Eduardo Luíz
Ambientação Espacial | Margarida Lemos
Cabo de Figuração | Miguel Vieira
Carpintaria de Cena | Arnaldo Figueira e José Lino
Ajudantes de Carpintaria | Humberto Andrade e Júlio Freitas
Execução de Vestuário | Julieta Rodrigues e Maria Teresa
Cartaz e Capa de Programa | Raúl Pestana
Iluminação | Hélder Martins
Sonorização | Henrique Vieira

Texto do Encenador

Ler Raul Brandão seduz de imediato o indivíduo que pretende falar do Homem com toda a sua profundidade interior embrulhado no seu tecido mundano.
Falar dos gritos, dos sussurros, dos silêncios, do tempo que passa, das palavras soltas que rodeiam a vida dos gebos é como que exorcizar as dores dos humilhados pintando-lhes a cara de espanto, um espanto cada vez mais aberto até explodir num céu estrelado.
Escrever sobre a sombra é não encontrar o Tempo e o Espaço nas Palavras certas para enxurrar “um rio de lágrimas, de brados, de mistério, onde a onda turva põe as mais fundas raízes à mostra, fazendo com que a torrente leve consigo, de roldão a desgraça e o riso; sem cessar carregando o terriço humano para uma praia onde as mãos os ampara, onde os olhos dos pobres, que se fartam de chorar, ficam atónitos diante da madrugada eterna, onde todo o sonho se converte em realidade…”
Pensar na situação particular de Raul Brandão, e que me diminui e engrandece, citando Virgílio Ferreira, é que toda a sua obra abre para um mundo novo. É o mundo que nos coube, e de que ele transpôs apenas, em deslumbramento e terror, o incerto limiar.
Encenar Brandão é tudo que já foi dito, exposto sobre um tablado nu onde as sombras se abraçam com o seu grande monólogo em vários timbres.
Brandão, após OS FANTASMAS de Eduardo Filippo não é mais do que a continuidade dos “fantasmas” que teimam em alertar o Homem na sua existência, muitas vezes enclausurada num feixe de gritos comprimidos que anseiam por um mundo novo.
O GEBO E A SOMBRA surge na continuidade dum trabalho em que o TEF procura a aproximação de um público para o teatro, um conhecimento que tem como objectivo sensibilizá-lo para a arte de representar como um meio não só de recriação mas também de comunicação e de exposição de temas fundamentais no dia a dia do indivíduo-universal.

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