Lembrar Pessoa… Conhecer os Nossos Músicos
a partir de vários autores
a partir de vários autores
Temporada artística
1987
Encenação
António Plácido
INTÉRPRETES
Poesia | António Plácido, Eduardo Luíz e Lília Bernardes.
Música | Irene Lucília, Gilles Pemptroit, Luís Tavares, Maria da Paz, Mário André, Manuel Rodriguez, Rui Camacho e Rui Vieira
Apresentação e Leitura Biográfica | Ester Vieira e Pedro Cabrita
Figuração | Paulo Renato
Ficha Artística e Técnica
Direcção do Espectáculo | António Plácido
Iluminação | Elmano Vieira
Som | Henrique Vieira
Texto do Encenador
FERNANDO PESSOA, O PRETEXTO PARA UM ESPECTÁCULO EM QUE A PALAVRA E A MÚSICA SÃO AS VEDETAS.
Nascido a 13 de Junho de 1888 e falecido a 30 de Novembro de 1935, com uma notável produção literária que conseguiu equacionar perfeitamente, quantidade, qualidade e diversidade Fernando António Nogueira Pessoa, foi o móbil deste espectáculo. Assim, a palavra tornava-se a grande vedeta. No entanto, só com a palavra, o espectáculo (e era de um espectáculo que se tratava) corria o risco de ser demasiadamente monótono e portanto, fastidioso. Havia necessidade de o complementar. A música? – porque não? – a música pois. A poesia foi, então musicada. Fez-se recurso de alguns, novos, bons (e desconhecidos do grande público) músicos. Surgiu assim a 2ª vedeta do espectáculo. Tínhamos assim, um móbil, vedetas e veículos (os intérpretes) para o espectáculo. Tínhamos já um espectáculo, mas havia ainda a necessidade de o tornar maior, enriquecendo-o simultaneamente e a fórmula estava ali mesmo, à mão, os músicos. Sabíamos de alguns músicos que tinham trabalhos originais de valor. Com eles o espectáculo ganhou outra componente, que já nada tinha a ver com Fernando Pessoa; – composições com poesia e música originais.
Desta forma estruturou-se um espectáculo com 2 componentes: a poesias de Fernando Pessoa, dramatizada e musicada e composições com poesia e músicas originais. Estas duas componentes sucedem-se alternadamente constituindo-se como momentos distintos de um mesmo espectáculo. O fio condutor é dado por 2 actores que ao longo do espectáculo vão lendo dados biográficos de Fernando Pessoa e fazendo a apresentação do que vai acontecendo em palco.
A iluminação surge aqui com um papel importante, uma vez que lhe cabe redimensionar o palco em vários espaços distintos de acção.