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04 e 14 julho | 12 a 20 outubro | 2019

Duração

60 minutos (aproximadamente)

Classificação etária

Maiores de 12 anos

Espetáculos | Funchal | Outubro

12 outubro | 21h00                  17 outubro  | 11h00

            13 outubro | 18h00                  18 outubro  | 15h00 | 21h00

15 outubro | 11h00                  19 outubro  | 21h00

16 outubro | 15h00                  20 outubro | 18h00

SOBRE O ESPETÁCULO E ENCENAÇÃO

Um espetáculo feito para gerar “gargalhada, cheia de manha e astúcia, um riso incomodativo”, nas palavras de Mário Barradas.

Ângelo Beolco criou um leque de personagens que se evidenciaram e aperfeiçoaram no contínuo escrever das suas peças, com destaque para Ruzzante que representa o vilão duplamente traído: pela mulher, pelo mundo de interesses que o rodeia e mesmo pelas falsas amizades que, nas horas mais difíceis, se tornam particularmente hostis.

Ruzzante é a personagem que aciona toda a trama de O Espertalhão –  acreditando que consegue ludibriar todos os que o rodeiam, acaba  manipulado até ao fim, e isto, sem ter nunca a consciência da armadilha que lhe é montada pela mulher, pelo compadre e pelo vizinho.

Este espetáculo é o revisitar de uma personagem que há 35 anos representei no TEF, dirigido por Fernando Heitor, num dos momentos mais difíceis da nossa Companhia de Teatro, após a sua saída dos Serviços Culturais da Camara Municipal. Do Funchal. O espetáculo que andou em digressão por toda a ilha, em mais de 40 representações foi, nessa época, o rosto de apresentação do TEF Companhia de Teatro, num tempo sem “chão”, pela perda de espaço e de residência no Teatro Municipal Baltazar Dias, onde esteve sediado durante dez anos.

Um texto divertidíssimo, defendido também por: António Plácido, António Ascensão e Bernardete Andrade, atores que,  generosamente, trouxeram ao grupo (in Mosqueta, 1984)  a Expressão de um  Tempo Novo.

FICHA TÉCNICA e ARTÍSTICA

Texto (a partir de A Mosqueta) | Ângelo Beolco

Encenação | Eduardo Luíz
Direção de Cena e Contra Regra | Miguel Teixeira
Cenografia |Eduardo Luíz
Execução Cenográfica | Anastácio Santo e Miguel Teixeira
Figurinos | André Correia
Adaptação e Execução | Salete Silva
Apoio à seleção de Guarda Roupa | Cristina Loja
Construção de adereços | Diogo Brazão e Miguel Teixeira
Caraterização | André Correia e Miguel Sobral
Operação de som | Diogo Brazão
Desenho de Luz | António Freitas e Eduardo Luíz
Montagem de Luz | Diogo Brazão e Miguel Teixeira
Operação de Luz | Avelina Macedo e Miguel Teixeira
Foto de Cartaz | DDiARTE
Design Gráfico | Filipe Gomes e Paulo Ferreira |oneline
Fotografia de Cena| BeaBEJU, Diogo Brazão e Ester Vieira
Conceção e Realização de Video Clip | Diogo Brazão
Produção Executiva | Ester Vieira
Assistência à Produção | Sandra Cardoso e Sílvia Rosado
Assistência Técnica | Diogo Brazão e Miguel Teixeira
Direção Técnica | Avelina Macedo
Divulgação | António Plácido, Diogo Brazão, Ester Vieira, Helena Machado, Miguel Teixeira, Sandra Cardoso e Sílvia Rosado
Frente Casa | Ester Vieira
Bilheteira | Sandra Cardoso

RESERVAS E CONTACTOS
De segunda a sexta
Das 09h30 às 12h30 e das 14H30 às 17h30
Telef. – 291 226 747 / 933 369 136
email:  info@atef.pt
Bilhetes à venda 1h00 antes do espetáculo, no local de representação.
NÃO ACEITAMOS RESERVAS POR FACEBOOK

FOTOS

Sinopse

Ruzzante é um personagem atraiçoado, derrotado e escarnecido, pobre de bens e de espírito, inserido num mundo às avessas, tendo como única  arma de defesa a sua ironia. Certo dia cai numa armadilha montada pelo seu compadre e pela sua mulher,  com base num equívoco linguístico…

A ação passa-se num bairro da cidade, onde desembocam alguns becos e onde se encontram as casas de Ruzzante e Beta, a de Toni e a de Renato.

Sobre o Autor

Nascido em Pádua , Beolco foi filho ilegítimo de Giovan Francesco Beolco, um médico que trabalhou na Universidade local e de uma certa Maria, possivelmente, uma empregada doméstica. (Foi sugerido, no entanto, que o seu nome verdadeiro fosse Ruzzante e que Beolco fosse uma corrupção local do bifolco , significando “lavrador” – por extensão, “simplório do país”). Alguns afirmam que ele nasceu em Pernumia , uma pequena cidade perto de Pádua.

Angelo foi criado na casa de seu pai, recebendo por isso uma boa educação. Após a morte de Giovan Francesco em 1524, Angelo tornou-se gerente da propriedade da família e, posteriormente (1529), também da fazenda de Alvise Cornaro , um nobre que se retirou para o campo de Paduan e se tornou seu amigo e protetor.

Desenvolveu a sua vocação teatral associando-se aos intelectuais contemporâneos de Pádua, como Pietro Bembo e Sperone Speroni . As suas primeiras obras como autor e ator podem ter sido mariazis , esboços improvisados em festas de casamento. Em 1520, já conhecido como il Ruzzante , representou  um papel numa peça camponesa no Palácio Foscari em Veneza . Logo após, montou a sua própria companhia de teatro. A suas peças foram encenadas, primeiro em Ferrara (1529-1532) e depois em Pádua, na residência de Cornaro.

Morreu em Pádua, em 1542, enquanto se preparava para encenar a peça Canace , de Speroni, para a Accademia degli Infiammati . Apesar do sucesso como ator, foi muito pobre durante a maior parte da vida. O seu amigo Speroni  dizia que, embora Angelo tivesse uma compreensão insuperável da comédia, ele não conseguiu perceber a sua própria tragédia.

Por causa dos seus temas “lascivos” e do uso abundante de “palavras muito sujas” (na avaliação de críticos contemporâneos), as peças de Beolco foram frequentemente consideradas impróprias para o público instruído, e às vezes levaram a que as apresentações fossem canceladas. Por outro lado, as suas peças foram bem recebidas junto dos nobres rurais que se opuseram à nobreza metropolitana de Veneza nas Guerras Cambrianas. Talvez por essa razão, nenhuma de suas peças foi encenada em Veneza depois de 1526.

Estudos modernos concluíram que o discurso de Ruzzante não foi um registo linguisticamente preciso do dialeto padanano local de Veneza, mas foi, até certo ponto, um “dialeto teatral” criado pelo próprio Beolco.

O dramaturgo italiano foi vencedor do Prêmio Nobel em 1997.  Dario Fo, considerou Ruzzante ao mesmo nível de Molière, alegando que ele foi o verdadeiro pai do teatro cómico veneziano (Commedia dell’Arte) e a influência mais significativa no seu próprio trabalho.

Personagens | Atores

Beta (viloa citadina, mulher de Ruzante)| Margarida Gonçalves

Renato (vilão citadino, compadre de Ruzante)| Miguel Sobral

Ruzzante (vilão) | Pedro Santos

Toni  (ex-soldado, galã citadino) | Diogo Sousa

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