O Círculo de Giz Ausburgo
de Bertolt Brecht
de Bertolt Brecht
Temporada artística
1982
Texto do Encenador
PORQUÊ BRECHT?
Durante estes quatro anos em que estive à frente dirigindo as actividades do G.E.T.F., a minha maior preocupação foi dar, tanto ao público, como aos actores, a possibilidade de enfrentar textos, que por um lado representassem uma certa dificuldade e uma nova aprendizagem, por outro lado a possibilidade de entrar em contacto com novos estilos e novas dramaturgias. Brecht vem na sequência do trabalho até aqui desenvolvido. Dizer que Brecht é um dos maiores poetas dramáticos de todos os tempos é sem dúvida um lugar comum. Brecht ocupa merecidamente, hoje, em todos os palcos do mundo, um lugar de destaque junto aos autores de sempre, Shakespeare, Molière, Goldoni.
É verdade que era muito difícil para um grupo como o nosso debruçar-se sobre a obra sem dúvida complexa, não apenas no ponto de vista dramático como também no ponto de vista interpretativo, de Brecht. Não devemos esquecer que ao criar uma obra dramática ampla, Brecht, cria paralelamente uma obra teórica que intenta aplicar à sua dramaturgia.
Por tudo isto, pensei que como forma experimental os seus relatos e poemas reunidos no volume de AS HISTÓRIAS DE ALMANAQUE, fossem um bom ponto de partida para um grupo que se pretende experimental no seu trabalho.
Procurei ser fiel ao autor, tanto na tradução como na versão livre que realizei para o teatro. Penso que uma das únicas liberdades que tomei (que me permiti), foi a de transplantá-los para o palco.
Este é o trabalho que hoje o Grupo Experimental de Teatro do Funchal apresenta em dois espectáculo autónomos, UMA TERRA DE PAZ e O CÍRCULO DE GIZ DE AUSBURGO.
Encenação
Roberto Merino
INTÉRPRETES E PERSONAGENS
Eduardo Luíz | Relator
Maria Tavares | Anna Otterer
Alice Vasconcelos | A Senhora Zingli
Ângela Maria, Paulo Brazão e Ricardo Lopes | Criados
Roberto Merino | O Tio da Sra. Zingli
Eduardo Luíz | O Lavrador
António Plácido e Nuno Gonçalo | Os Soldados
Carlos Franquinho | O Cabo
Fátima Pereira | A Camponesa
Ricardo Lopes | O Camponês
Eduardo Luíz, Paulo Brazão e Ricardo Lopes | Os Homens da ponte em Ruínas
Ângela Maria e Fátima Pereira | As Mulheres na Margem do Rio
António Plácido | O Soldado
António Ascensão | O Juíz Ignaz Dollinger
Carlos Franquinho e Nuno Gonçalo | Os Parentes do Sr. Zingli
Norberto Gomes | As Crianças
Eleutério Gomes, João Manuel Viveiros, Joel Camacho, Jorge Martins, José Camacho, José Carlos Pereira, Margarida Baptista e Rui Camacho | Os Músicos
Ficha Artística e Técnica
O Círculo de Giz de Ausburgo | versão livre a partir dos textos do Círculo de Giz Caucasiano e do Círculo de Giz de Ausburgo – extraído das HISTÓRIAS DE ALMANAQUE de Bertolt Brecht
Encenação e Versão Livre | Roberto Merino
Ajudante de Encenação | Eduardo Luíz
Figurinos | Zita Andrade
Luminotecnia | Elmano Vieira, Manuel Ornelas Vasconcelos, Carlos Viveiros e Raul Velosa
Ajudante de Palco e Responsável de Guarda-roupa | Fernanda Cró
Carpintaria de Cena | João Nóbrega, António José Correia, José da Corte, Arnaldo Figueira
Sonoplastia | Henrique Vieira
Projecções | Luís Marques
Música | Algozes*
*Grupo de Recolha e Divulgação de Música Popular – Centro de Acção Cultural do Funchal.