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Dramas & Papaias
de Diogo Correia Pinto

Temporada artística

2012/2013

Em exibição

01 a 16 março 2013
Cine Teatro de Santo António

Classificação etária

Maiores de 6 anos

Duração

1H25m (aproximadamente)

Encenação
Diogo Correia Pinto

INTÉRPRETES

Guilherme de Mendonça
Isabel Martins
Isabel Rodrigues
Miguel Ângelo Sobral
Rui Adriano Martins

Ficha Artística e Técnica

Encenação e Texto | Diogo Correia Pinto
Desenho de Luz | Hélder Martins
Figurinos* e Cenografia | Cristina Loja
Design Gráfico | DDiArte
Sonoplastia** | Luís Nunes e Diogo Correia Pinto
Montagem e Operação de Luz | Hélder Martins
Frente de Casa e Bilheteira | Equipa TEF

* Utilização/adaptação de figurinos e adereços, de anteriores produções do TEF.

** Neste espetáculo, são tocados trechos dos seguintes temas musicais: Bubbles In The Wine – Freddy Martin. Hooray ForHollyood – Don Swan. Perfídia – Jack Davis. Gopher Mambo – Yma Sumac. OyeNegra – Terry Snyder. GiulliettaDegliSpiriti – Nino Rota. Tenderly – Jackie Gleason, Bobby Hackett
Peter Gunn Mambo – Jack Constanzo. Ebb Tide – The Out Siders. BingaBanga Bong Percolator – All Stars Terry Snider. The Third Man Theme – Don Baker Trio.

Texto do Encenador

Ator – O Revelador

O teatro é a arte do ator. Podemos suprimir cenários, luzes, ou até sair dos espaços convencionais. Tudo isso pode ser feito. O único elemento que não pode ser excluído é o ator.
O seu corpo em delirante sugestão é o centro, o elo, a ligação com o mundo mágico, é ele que nos transporta para esse local da criação, de fantasia, de revelação em que a verdade se manifesta mais limpa. Eu acredito nisso, num teatro simples, em que o jogo dos atores brincando como crianças, ergue um novo mundo aos nossos olhos.

Sinopse

“(…)Não me lembro bem quem é que disse que, da mesma maneira que o indivíduo através dos sonhos exprime a parte de si próprio mais secreta, misteriosa, inexplorada, que corresponde ao subconsciente, assim também a colectividade, a humanidade, faria a mesma coisa através da criação dos artistas. A produção artística não seria mais do que a actividade onírica da humanidade; o pintor, o poeta, o romancista e até o realizador corresponderiam a esta função de elaborar, organizar com o próprio talento os conteúdos do subconsciente colectivo, exprimindo-os, revelando-os na página, na tela ou no écran. Parece-me que se esta visão das coisas pode funcionar, então cai por terra toda a questão de limite ou de restrição da actividade artística. Pode exaurir-se, pode ter limites o subconsciente? Acabam os sonhos? A actividade do homem que sonha, que parece automática, no artista conforma-se a uma técnica, a uma linguagem de representação, a uma simbologia, e o artista reconhece no seu acto de criar uma maneira de pôr ordem em qualquer coisa que já existe, de a fazer aflorar à perceptibilidade sensória e intelectual; é o arquétipo da criação que se renova, isto é, a passagem do caos ao cosmo, do indiferenciado, confuso e inapreensível, à ordem, isto é, ao expresso, ao realizado. Ainda: do subconsciente à consciência.(…)”
Federico Fellini

FELLINI, Federico e GRAZZINI, Giovanni, Fellini por Fellini, Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1985, p. 126.

O TEF|Companhia de Teatro e o Quandoéquetecalas?!?! criaram em co-produção um espetáculo itinerante para ser apresentado por toda a Madeira. Uma boa história de comédia popular, que de uma forma bem-humorada, brinca com todo o imaginário típico da nossa Ilha.
O Grupo Paroquial e Recreativo Os Papaios, coletividade teatral da Lombada da Papaia, recebe um convite para representar uma peça perante uma comitiva ministerial proveniente do Continente, em visita à Ilha da Madeira.
Os atores ávidos de mostrarem os seus talentos, a tais doutas sumidades, numa epifania criam “A Tragédia do Atum”, «Uma peça em verso em que se irá pôr a nu todos os dramas e injustiças a que esse peixe foi e é sujeito!», como refere um dos personagens. Há que falar da nossa terra e dos nossos costumes, das nossas bananas, do nosso mar, do nosso milho frito. Cultura é isso, pois claro! O fogo-de-artifício, a poncha e a anona também entram nesta equação mais que provável. Ainda vêm a Ana d´Arfet, o tabaibo, a espetada e o Max, tudo junto, em delírios fellinianos atirados para cima do palco. Quanto mais barroco melhor.
Porque assim, como refere uma personagem aspirante a atriz, «Se tivermos sucesso pode haver alguém que nos leve para a Capital» e desse modo, continua ela, «Até já estou a ver, numa daquelas grandes avenidas, a minha cara dentro de uma grande estrela a piscar! Os fotógrafos acotovelarem-se para conseguirem o melhor flash! As pessoas nas ruas ficando paralisadas ao passarem por mim, pensando que estão a ter a visão de uma deusa! Capas e capas de revista comigo!!! Multidões a chamarem pelo meu nome!».
Uma espécie de pot-pourri à madeirense, para todas as idades, com duração de 1h25m em que o absurdo, o grotesco e a ironia dançam ao som do bailinho da Madeira.

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