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O Amansar da Fera
de William Shakespeare

Temporada artística

2012/2013

Em exibição

12 a 28 outubro 2012
Cine Teatro de Santo António

Classificação etária

Maiores de 12 anos

Duração

1 Hora
(aproximadamente)

Encenação
Diogo Correia Pinto

INTÉRPRETES E PERSONAGENS

Paula Erra | Catarina
Margarida Gonçalves | Grúmia
Rui Adriano Martins | Petrucchio
Rúben Silva | Lúcio
Miguel Ângelo Sobral | Trânio
Isabel Rodrigues | Bianca
Norberto Silva | Batista
Guilherme de Mendonça | Hortênsio
Duarte Mata | Grémio
Fabião Santos | Biondello
Élvio Sargo | Saltimbanco
Victor M. Gonçalves | Vicente

Ficha Artística e Técnica

Autor | William Shakespeare
Encenação e Versão Cénica* | Diogo Correia Pinto
Desenho de Luz | Hélder Martins
Coordenação de Figurinos** e Dispositivo Cénico | Cristina Loja
Design Gráfico | Miguel Ângelo Sobral
Direção Vocal | Paula Erra
Sonoplastia | Diogo Correia Pinto
Operação de Som*** | Daniela Gonçalves
Operação de Luz | Hélder Martins
Montagem de Luz | Hélder Martins e Xavier Miguel
Assistência Técnica | Xavier Miguel, Miguel Ângelo Sobral e Victor M. Gonçalves
Frente de Casa e Bilheteira | Equipa TEF
Apoio Geral | Equipa TEF e Elenco

* Utilização do monólogo do Teseu do texto “Sonho de uma noite de Verão” de W. Shakespeare e de “Poema de Natal” de Vinicius de Moraes.

** Utilização/adaptação de figurinos e adereços, de anteriores produções do TEF.

*** Neste espetáculo, são tocados trechos dos seguintes temas musicais: – Django Reinhardt & Stéphane Grappelly – Minor Swing | Ton Doux Sourire | I´ve Had My Moments – Scott Joplin – Elite Syncopations – Coleman Hawkins – 9:20 Special | Sugar Foot Stomp ! Sweet Sue | Hello, Lola! – Benny Goodman – If i had you | Who? |King Porter Stomp | Sweet Lorraine – Fletcher Henderson – Rádio Rythm – Enoch Light & The Charleston City All Stars – Charleston – John Barry – Ring Dem Bells – Anonymous – Italian Renaissance Song (XVI century).

Texto do Encenador

O Reencontro com “O Bardo” | 35 anos depois

Sempre tive horror aos que procuram apresentar Shakespeare como difícil ou inacessível; muito pelo contrário, Shakespeare foi um autor popular (Ben Jonson considerava-o até um autor de concessões, que escreveu para um público eclético, sem dúvida uma das razões da sua perene popularidade ao longo dos séculos e pelo mundo afora). Jamais hermético, Shakespeare escrevia para seu palco e para seu público, ou seja, todo o espectro elisabetano. A leitura de seus textos, deixa claro o quanto ele buscava o seu público, trabalhando com uma dramaturgia que a todo o momento tem a consciência da plateia e com frequência se dirige a ela.*

*HELIODORA, Bárbara, Falando de Shakespeare, São Paulo, 1ª edição Editora Perspectiva, 2001.

Os Clássicos não são uma seca! Algumas considerações…

Do meu ponto de vista, existe uma certa carga pejorativa quando nos referimos a um texto clássico, sendo esse preconceito mais evidente no público jovem. A ideia de espaço de erudição de difícil acesso acaba por desmotivar a afluência de um público mais novo, habituado à ditadura da rapidez hedonista e da cultura previamente mastigada, descartável. Nos tempos vigentes, em que o entendimento do real dilui-se num zapping de imagens em catadupa, assistimos a uma profunda dificuldade por parte dos mais novos em concentrarem-se e evoluírem dentro da experiência.
Mas até que ponto isso será o caminho certo? Como é que o Teatro, sendo uma vivência aprofundada daquilo que é humano, se movimenta nestas terras pantanosas? Nas escolas, os professores, queixam-se cada vez mais da inércia dos alunos no que toca a pensar e mais do que isso, no que toca a imaginar, a sair fora dos arquétipos televisivos. Sendo a arte dramática um espaço de aprofundamento da vida, de recriação do real através da construção de uma linguagem semiótica, de que forma lidar com os novos ventos do fast food?
Provocar uma falsa catarse através do riso imediato, trocar o pensamento em favor do prazer fácil, tornou-se um dos sinais mais evidentes da nossa era. Como se consegue contrariar isso? Uma das maneiras será através de bons textos. Pelo menos, continuar essa luta permanente.
A meu ver, um bom espetáculo não é aquele que rimos de cinco em cinco minutos, mas talvez o outro que nos seduz os sentidos e violenta-nos a inteligência, é semeado em nós, e vai florescendo pela vida fora de maneira inconsciente. Como se consegue contrariar a espuma dos dias?
Reitero, uma das maneiras será através de bons textos. E Shakespeare oferece um manancial de oportunidades…

Sinopse

35 anos após A Noite de Reis, lá nos idos anos 70, o bardo volta aos palcos Tefianos, com a Comédia O Amansar da Fera. O reencontro promete!
Batista, um nobre de Pisa tem duas filhas. Catarina a mais velha, um feitio indomável, capaz de afrontar qualquer homem que lhe dirija uma mirada de galanteio. E Bianca, a doce e recatada Bianca com os seus inúmeros pretendentes, ávidos da sua atenção, suplicantes por um olhar de afeição da donzela.
O velho pai, casmurro, só deixa casar a mais nova, depois da outra, a destrambelhada, subir ao altar. Só que não existe nenhum macho na terra que ouse balbuciar sequer um som de simpatia a Catarina. Nenhum macho, também não é verdade. Existe Petrucchio, o herói da grosseria e teimosia. Petrucchio propõe-se a fazê-lo, a amansar esta fera. A ver vamos.

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